Resenha: A Vidente
- JN
- 28 de ago. de 2015
- 2 min de leitura

Sabe aquele livro que você se interessa só por olhar a capa? Foi assim com “A Vidente” de Hanna Howell. A capa de um livro, você querendo admitir ou não, é a primeira coisa que você observa. É ela que vai te fazer se interessar e puxar o livro da prateleira da livraria. E a segunda coisa que você faz é olhar no verso do livro para saber (pelo menos ter uma ideia) se ele realmente vale a pena.
No meu caso, a sinopse não me convenceu muito. Me deixou curiosa, claro. Então eu resolvi arriscar e comprar o livro. Mas ainda assim, estava com um pé atrás. Um resumo dessa sinopse? Em uma família onde a grande maioria de seus membros possuem dons especiais, conhecemos Chloe Werlocke, cujo dom é “ver além da visão física”. Chloe prevê a morte de uma mulher e, ao encontrar a “dita cuja”, descobre que um recém-nascido foi deixada à própria sorte. A criança é Anthony Kenwood, filho do conde Julian Kenwood. Chloe, então, resolve cuidar de Anthony até que ele tenha idade suficiente para ser devolvido ao seu pai e tomar o seu lugar de direito.
E qual foi a minha surpresa ao perceber que a história ia muito além do que era descrito no verso do livro?
A mulher morta era Laurel Werlocke, irmã de Chloe. Laurel acabara de dar à luz o seu filho que não resistira ao nascimento. Nesse momento, empregados da condessa Beatrice levaram o pequeno corpo sem vida e deixaram no lugar, o também recém-nascido, Anthony.
Beatrice tinha planos para a fortuna de seu marido, assim como o tio dele, Arthur. E uma criança saudável colocaria esses planos em risco. A solução foi apresentar uma criança morta ao conde e abandonar o verdadeiro herdeiro.
Alguns anos se passam e Anthony vive aos cuidados de Chloe e seu primo Leo. Enquanto Julian, após descobrir a infidelidade de sua esposa, se afunda cada vez mais em uma vida boêmia e devassa. É em meio a essa depressão que uma tentativa de assassinato, comandada por Beatrice e Arthur, quase termina em “sucesso”. Leo salva Julian e o leva ferido para sua casa, onde, aos poucos, eles revelam os planos de Beatrice e Arthur, os poderes da família Werlocke e apresentam o pequeno Anthony ao pai.
Enquanto se recupera do ataque e das notícias, Julian, Leo e Chloe preparam o retorno do conde e a possível vingança contra seus parentes infiéis. É então que um amor surge entre o desconfiado Julian e a doce, porém rebelde, Chloe.
A cada página, o verdadeiro caráter de Beatrice e Arthur são expostos e o leitor se encontra encantado pelo pequeno Anthony – que insiste em se apresentar observando os belos cabelos que possui. A história apresentada é divertida, apaixonante e intrigante. Eu não conseguia largar o livro e estou animada para ler mais histórias sobre os Werlocke – que segundo o próprio Leo, “se reproduzem como coelhos. Como coelhos!”.
A Vidente é o primeiro livro da série Werlocke, seguido por mais três livros: A Sensitiva, A Intuitiva e O Escolhido. No Brasil, a série está sendo publicada pela Editora Lua de Papel.
Comentários